2020 foi de longe o mais difícil das nossas vidas. Desafios enormes em nos manter saudáveis, de manter nossos empregos e trabalhos, de cuidar de nossas famílias e pessoas queridas.
Vimos muitos profissionais de saúde trabalharem arduamente para atender e cuidar das pessoas, e infelizmente vimos muitos partirem.
E a realidade deixou ainda mais evidente a desigualdade entre as pessoas e as nações.
Sim, não foi fácil. E cada um de nós sabe bem onde o sapato mais apertou...
Mas, mesmo assim, há sempre muitas lições a serem aprendidas sobre a pandemia e até mesmo reflexões positivas sobre ela.
Em 20 anos de atuação profissional voltada a sustentabilidade, nunca vi falarmos tanto sobre a necessidade de encontrarmos maneiras mais sustentáveis de viver, de consumir. Ao mesmo tempo em que vimos empresas exercerem genuinamente sua responsabilidade social, demonstrando que compreendem realmente sua responsabilidade para com suas partes interessadas (stakeholders).
Mas, ainda falta muito para alcançarmos um caminho mais sustentável.
Falar de consumo consciente é só uma parte do que precisamos fazer para buscar a sustentabilidade. É preciso de fato promover a produção consciente e modelos de desenvolvimento responsáveis.
Sim, estou falando da responsabilidade das empresas, das organizações, em desencadear o processo de transformação do chamado ‘business as usual’.
A responsabilidade é sempre proporcional ao tamanho e ao impacto causado.
Negócios e sociedades precisam entender que são fortemente dependentes da biodiversidade e dos serviços da natureza. Água, ar, equilíbrio da temperatura e do clima, fornecimento de alimento e recursos naturais são alguns dos serviços ecossistêmicos de que dependem nossos negócios, nossas vidas e o equilíbrio de nossa sobrevivência.
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